Hugo Lapa
Antigamente, eu ficava bem
preocupado com o que os outros pensavam de mim.
Hoje tenho consciência que sou uma
pessoa digna e honesta, e sei que as pessoas vão pensar o que quiserem, e
isso em nada afeta meu modo de ser e quem eu sou em essência.
Antigamente, eu queria provar algo
aos outros.
Hoje descobri que, na verdade,
sentia uma grande insegurança, e por isso tentava demonstrar algo, não às
pessoas, mas a mim mesmo.
Hoje vejo claramente que, quando se
tem confiança naquilo que somos, não precisamos provar coisa alguma.
Antigamente, eu fazia de tudo para
os outros gostarem de mim.
Hoje sei que as pessoas precisam sentir afeição
por quem eu sou, e não por quem eu pareço ser.
Sei também que pessoas que mendigam
o afeto das outras quase nunca conseguem o que desejam. Por ansiarem tão vorazmente o amor
e a admiração dos outros, elas passam a ser aquilo que os outros esperam que
elas sejam, e assim, caem num abismo profundo de um eu fantasioso e irreal.
Antigamente, eu acreditava que
poderia esconder meus problemas não pensando neles e me concentrando nas
questões objetivas do mundo.
Hoje sei que por mais que se tente
não se pode fugir das emoções profundas que estão armazenadas dentro de nós.
Podemos tentar burlar, dissimular, distorcer, mas a verdade é a verdade. Ela não se modifica por nossa
vontade. Hoje sei que, somente encarando de frente aquilo que nos assola é
que se pode dissolver os nós profundos das feridas interiores.
Antigamente, eu achava que o mundo
deveria corresponder aos meus anseios e necessidades. Achava que os outros
tinham que me servir e sempre lutava pelos meus direitos?.
Hoje vejo que cumprir meus deveres
é muito mais importante e digno, e que de nada adianta tentar modificar o mundo
e as pessoas; ninguém se curvará as minhas pretensões de como o mundo deve
ser.
O mundo é o que é. Não quero mais
que as pessoas sejam da forma que eu acho que devem ser, eu me esforço por
aceitar, sem me acomodar, à realidade que se apresenta.
Hoje busco apenas melhorar a mim
mesmo e ajudar a quem necessita.
Antigamente, eu pensava que podia
viver uma vida superficial e mesmo assim ser feliz. Vivia vendo novelas,
bebendo, fumando, jogando conversa fora, fazendo sexo sem amor.
Hoje vejo que, para ser feliz é necessário
olhar a vida como ela é, além do véu aparente que encobre a existência.
Não é possível cortejar a ilusão e ser
feliz. Ou se vê a realidade para ser feliz, ou se vive uma vida de quimeras e
devaneios que só poderão trazer a solidão e a infelicidade.
Antigamente, eu queria ajudar as
pessoas a todo custo. Via-me como uma espécie de salvador
que poderia socorrer muitas pessoas com minhas capacidades.
Hoje sei que cada pessoa tem total
poder de lidar com seus contratempos e dissabores, e negar isto é recusar-se
a crer no potencial espiritual que cada pessoa tem de crescer a partir de
seus próprios percalços , conflitos e limites.
Compreendi que, por superestimar
minhas habilidades, acreditei que poderia ?salvar as pessoas. Mas entendi que só as próprias
pessoas se salvam, e que o máximo que podemos fazer é indicar o caminho e dar
um suporte quando necessário.
Por outro lado, de nada adianta
ajudar aqueles que não querem ser ajudados.
Antigamente, acreditava que deveria
ter um compromisso com o sucesso; deveria me debruçar sobre os melhores
cargos, os melhores salários; ser alguém de destaque, alguém com uma imagem
intocável nos negócios.
Hoje sei que buscar a todo custo o
sucesso é fazer um contrato com a infelicidade. Ninguém pode ser feliz buscando
o sucesso e a fama a todo custo.
Quando desejamos o destaque e o status
quo acabamos por não dar valor às coisas simples da vida, que são as mais
importantes.
No final das contas, é o cheiro da
grama, a brisa que sentimos num final de tarde, a chuva caindo sobre nós, o
abraço do ser amado, o contato com a simplicidade e naturalidade da vida, do
cosmos, do infinito... é isso que nos faz felizes de verdade.
Não se deixe tragar pelas miragens
do mundo, pelas imagens que seduzem, pelas formas exteriores, por aquilo que
é consumido pelas correntezas do tempo...
Busque o real além da ilusão, e
terá paz e felicidade jamais sonhadas.
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As mãos são ferramentas abençoadas para a construção de um mundo melhor. Use-as sempre para edificar, elevar,dignificar, apoiar, acenar com esperança de dias melhores. As mãos podem muitas coisas. Pense nisso. Agradecida por sua visita.
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sexta-feira, julho 20, 2012
Busque o real além da ilusão.
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Olá Walkyria!
ResponderExcluirObrigado pela visita e por me acompanhar. Também já estou por aqui.Parabéns pelo blog.
Volte sempre!
Um ótimo fim de semana.
Milton (Posts à Beira Mar)