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sábado, maio 18, 2013

"Não Parecia eu"



Martha Medeiros




Já deve ter acontecido com você. 
Diante de uma situação inusitada, você reage de uma forma
que nunca imaginou, e ao fim do conflito se pega pensando:
que estranho, não parecia eu. 
Você, tão cordata, esbravejou. 
Você, tão explosivo, contemporizou. 
Você, tão seja-lá-o-que-for, adotou uma nova postura. 
Percebeu-se de outro modo.
Virou momentaneamente outra pessoa.

No filme Neblinas e Sombras 
(não queria dizer que é do Woody Allen
 pra não parecer uma obcecada, mas é, e sou) 
o personagem de Mia Farrow refugia-se num bordel
e aceita prestar um serviço sexual em troca de dinheiro,
ela que nunca imaginou passar por uma situação dessas.

No dia seguinte, admite a um amigo que, para sua surpresa,
teve uma noite maravilhosa, 
apesar de se sentir muito diferente de si mesma.
O amigo a questiona:
“Será que você não foi você mesma pela primeira vez?”

São nauseantes, porém decisivas
e libertadoras essas perguntas que nos fazem os psicoterapeutas 
e também nossos melhores amigos, não nos permitindo rota de fuga.
 E aí? 
Quem é você de verdade?
Viver é um processo.
Nosso “personagem” nunca está terminado,
 ele vai sendo construído conforme as vivências
e também conforme nossas preferências
 – selecionamos uma série de qualidades
que consideramos correto possuir 
e que funcionam como um cartão de visitas.

Eu defendo o verde, eu protejo os animais, eu luto pelos pobres, 
eu só me relaciono por amor, eu respeito meus pais,
eu não conto mentiras, eu acredito em positivismo,
eu acho graça da vida. 
Nossa, mas você é sensacional, hein!

Temos muitas opiniões, repetimos muitas palavras de ordem, 
mas saber quem somos realmente
 é do departamento das coisas vividas.
A maioria de nós optou pela boa conduta,
e divulga isso em conversas, discursos, blogs 
e demais recursos de autopromoção, mas o que somos,
de fato, revela-se nas atitudes, principalmente nas inesperadas. 
Como você reage vendo alguém sendo assaltado, foge ou ajuda? 
Como você se comporta diante da declaração de amor
de uma pessoa do mesmo sexo, respeita ou debocha?

O que você faria se soubesse que sua avó tem uma doença terminal, 
contaria a verdade ou a deixaria viver o resto dos dias
sem essa perturbação? 
Qual sua reação diante da mão estendida de uma pessoa
que você muito despreza,
aperta por educação ou faz que não viu? 
Não são coisas que aconteçam diariamente, e pela falta de prática, 
talvez você tenha uma ideia vaga de como se comportaria, 
mas saber mesmo, só na hora.
E pode ser que se surpreenda: “não parecia eu”.
Mas é você.
É sempre 100% você. 
Um você que não constava da cartilha que você decorou.
Um você que não estava previsto no seu manual de boas maneiras.
Um você que não havia dado as caras antes. 
Um você que talvez lhe assombre
por ser você mesmo pela primeira vez.



terça-feira, maio 14, 2013

Em defesa dos Orangotangos



Participe!



Ao presidente da Indonésia Susiilo Bambang Yudhoyono;

ao Ministro das Floresas Zulkifli Hasan;

e ao governador de Aceh Zaini Abdullah:

Enquanto cidadãos preocupados, exigimos que V. Exas rejeitem o plano de desmatamento da floresta tropical de Aceh. As majestosas florestas da Indonésia são um tesouro global, e por isso encorajamos que as comunidades locais estejam engajadas na criação de um plano que priorize o desenvolvimento sustentável, assim protegendo este frágil ecossistema e os animais que ali habitam.
                      Acesse o link abaixo e participe:

sábado, maio 11, 2013

Mãe...em uma foto.





 
“Há momentos na vida 
em que sentimos tanto a falta de alguém 
que o que mais queremos 
é tirar esta pessoa de nossos sonhos 
e abraçá-la.”
                                          Clarisse Lispector