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sábado, julho 14, 2012

Você não é casca

Lauro Trevisan



Eu estive em todos os lugares 
e só me encontrei em mim mesmo. - John Lennon.


        
Se você ainda não se encontrou em lugar algum,
 isso não causa nenhum espanto.
 Acontece com a maioria das pessoas. 
Tem gente que se sente tão distante de si mesma,
 que se pergunta com extrema preocupação:
"Pára um pouco, cara, e me diga: onde você está!?"

metida em tamanha confusão mental, que, depois de muito examinar-se,
 indagou a si mesma:  "Ei, tem gente aí dentro?"


Perguntinha: 


Que acontecerá quando você se encontrar consigo mesmo? 

Terá agradável surpresa ou tremenda decepção? 
Vai gostar de se ver no seu espelho interno ou tentará quebrar o espelho? 

Há pessoas que têm o mau hábito de avaliar-se pelos pequenos erros
e fracassos cotidianos.
Uma contrariedade daqui, um imprevisto dali e o indivíduo acaba
somando tudo e achando que a vida está pior que briga de foice. 
Agir assim é o mesmo que dizer que o oceano são aquelas gotas que se perdem nas areias da praia a cada movimento da maré. 
Esses viventes não olham a dimensão majestosa
e incomensurável do oceano, mas a insignificância da espuma 
que morre na praia. 
Medir-se pela casca, e não pelo cerne,
é a causa de tantos desgostos e desânimos, porque a casca, por ser exterior,
pode ser machucada, cortada, sujada, pichada.  Pode. 
Mas o que importa é o cerne.
Não é a casca que faz a árvore, mas o cerne.
A casca tem contato com o mundo exterior e está sujeita a ele; o cerne não.
Se você vive a vida apenas da casca, sofrerá os efeitos
dos embates exteriores.
Se centrar sua vida no cerne, como deve ser,
nada abaterá sua verdadeira vitalidade, pois ele é a essência. 
E a essência é a divindade imanente.
O cerne é sua realidade intrínseca.
O oceano é a sua dimensão interior.
Sua vida não é a roupa que você veste.
Quando ocorrem situações desagradáveis, lembre que, por enquanto,
foi atingida apenas a casca, a roupa, o exterior.
O cerne começa a ser corroído no momento em que você interioriza
essas situações, transformando-as em focos emocionais negativos. 
Você pode não ser a causa primeira das situações,
mas sempre será a causa primeira da interiorização.
Somente afeta a sua vida o que for interiorizado e da maneira
como for interiorizado, tanto as coisas negativas quanto as positivas. 

A interiorização negativa gera sofrimentos,
 tristeza, raivas, depressão, enfermidades.

A interiorização positiva fortalece a vida, 
produz energias benéficas, 
causa bem-estar, levanta o astral e revigora a auto-estima. 
Cuide do seu mundo interior 
e ele cuidará do seu mundo exterior.









4 comentários:

  1. Antes do mais, parabéns pela coragem e aventura de se encontrar, muito interessante! Um abraço, Yayá.

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  2. Linda reflexão... todos os dias eu paro pra repensar, conversar comigo mesmo, um hábito que tenho desde pequena e na qual o budismo me ajudou muito! Não sou budista, mas sigo inúmeros de suas lições. Acredito que temos que está em paz com nosso eu interior.
    Amei o texto.
    Beijinhos carregado de carinho!
    Uma maravilhosa terça-feira.
    Lorena Viana

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  3. Olá...

    Seja muito Bem Vinda sempre, obrigada pela visita e seguir o blog!

    Amei teu blog!
    Grande bj no coração!

    Lecy'ns

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  4. Un bellissimo post!!! Complimenti per tutto!!! Un abbraccio

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Nada é pequeno e sem valor, quando é feito com Amor!
Fico muito, muito feliz quando você deixa um comentário.